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Áreas prioritárias para conservação de aves ameaçadas de extinção do bioma Caatinga frente às mudanças climáticas e ameaças antrópicas, 2016, Tiago Castro Silva, Dissertação de Mestrado Profissional pelo Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro - Escola Nacional de Botânica Tropical

Áreas prioritárias para conservação de aves ameaçadas de extinção do bioma Caatinga frente às mudanças climáticas e ameaças antrópicas, 2016, Tiago Casto Silva, Dissertação de Mestrado Profissional pelo Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro - Escola Nacional de Botânica Tropical

As unidades de conservação (UCs) funcionam como pilares sobre os quais as estratégias de conservação são construídas. Além das ameaças diretas à biodiversidade causadas pelas atividades antrópicas, as mudanças climáticas previstas pelo Painel Intergovernamental em Mudanças Climáticas (IPCC) se configuram como outra preocupação à conservação das espécies. A Amazônia e a Caatinga devem ser os biomas mais afetados por anomalias na precipitação e temperatura. Sendo que para Caatinga prevê-se o surgimento de um semideserto no núcleo mais árido do Nordeste do Brasil. Para avaliar os impactos das mudanças climáticas na biodiversidade, têm sido utilizado modelos de nicho ecológico (ENM) associados a programas de priorização. Este trabalho tem como objetivo principal responder à seguinte pergunta: O atual sistema de unidades de conservação da Caatinga poderá contribuir para manter as condições climáticas adequadas para que os táxons de aves ameaçadas persistam ao longo do tempo diante das mudanças climáticas globais e ameaças antrópicas? Utilizando modelos de nicho ecológico como camadas de entrada no programa Zonation realizamos cenários de priorização espacial com e sem o sistema de unidades de conservação da Caatinga. Nossos resultados mostraram que a inclusão do sistema de unidades de conservação da Caatinga integrado a um conjunto de áreas prioritárias pode manter as condições climáticas adequadas para que os táxons de aves ameaçadas persistam ao longo do tempo diante das mudanças climáticas e das ameaças antrópicas. Isto reforça a importância do sistema de unidades de conservação como pilar de uma estratégia nacional de conservação da biodiversidade.

Ano de Publicação: 2016

Vulnerabilidade de pescadores paranaenses às mudanças climáticas e os fatores que influenciam suas estratégias de adaptação

A vulnerabilidade socioambiental dos pescadores artesanais do litoral norte do Paraná, definida pelo seu grau de exposição, sensibilidade e capacidade de adaptação às perturbações que ameaçam a sustentabilidade do seu meio de vida, vem aumentando devido à queda nos estoques de várias espécies e a problemas generalizados de acesso e gestão dos recursos naturais costeiros. Isso já vêm exigindo dos pescadores o desenvolvimento e aplicação de estratégias para lidar com (no curto prazo) e se adaptar (no longo prazo) a essas perturbações. Vivendo e trabalhando junto a áreas de elevada biodiversidade, os pescadores são também afetados pelas restrições trazidas pela legislação ambiental, em especial as unidades de conservação de proteção integral. É possível prever que as alterações associadas às mudanças climáticas funcionarão como fontes adicionais de impacto aos meios de vida dessas populações, principalmente devido à acentuação da queda nos estoques pesqueiros, prevista para as regiões tropicais e subtropicais em decorrência do aquecimento global. As perturbações ao meio de vida dos pescadores, e as estratégias de adaptação desenvolvidas na atualidade, podem ser vistas como análogas dos efeitos e respostas futuros projetados por modelos de mudanças climáticas e afetam de maneira diferenciada essas populações, dependendo de uma série de fatores internos e externos, sociais e ecológicos, que contribuem para gerar condições de vulnerabilidade. Este trabalho teve como objetivos: 1) caracterizar as diferenças na vulnerabilidade de pescadores artesanais no litoral norte do Paraná aos efeitos previstos das mudanças climáticas; 2) testar a eficácia do índice de capacidade adaptativa calculado como previsor de estratégias de adaptação que efetivamente foram adotadas pelos pescadores para lidar com a queda na pesca; e 3) descrever qualitativamente e quantitativamente as diferenças nas estratégias de adaptação adotadas e cogitadas nos domicílios, de acordo com o nível de capacidade adaptativa em que se encontram, e quanto ao efeito sobre elas das unidades de conservação. A análise se baseou em dados coletados por meio da realização de entrevistas estruturadas, em 213 domicílios, distribuídos em 9 vilas, no entorno da porção norte do Complexo Estuarino de Paranaguá, no município de Guaraqueçaba. Os resultados indicam que a vulnerabilidade varia entre as vilas, e mesmo entre domicílios, e as diferenças são determinadas principalmente pelo nível de dependência em relação à pesca, pelo capital físico (capacidade de armazenamento, propriedade de embarcações a motor e diversidade de petrechos) e pelo grau de participação dos moradores em organizações comunitárias. A adoção de estratégias de diversificação para fora da pesca foi maior entre os domicílios com maior capacidade adaptativa. As unidades de conservação afetam a vulnerabilidade dos pescadores duplamente e de maneira diferenciada, restringindo tanto o meio de vida atual quanto as opções de adaptação futura daqueles que já são mais vulneráveis. Os resultados dessa análise serão úteis para a adequação e integração das políticas de adaptação às mudanças climáticas, de gestão da pesca e de conservação da biodiversidade na zona costeira, como forma de promover a resiliência conjunta de pescadores e dos ecossistemas costeiros em um cenário de mudanças climáticas.

Palavras-chave: capacidade adaptativa; unidades de conservação; manguezais; meios de vida; gestão pesqueira.

Ano de Publicação: 2012