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BAT GATES: INFORMAÇÕES DE SUPORTE SOBRE A INSTALAÇÃO DE PORTÕES EM ABRIGOS PARA MORCEGOS NO BRASIL - BAT GATES: SUPPORTING INFORMATION FOR THE INSTALLATION OF PROTECTIVE GATES IN BAT SHELTERS IN BRAZIL

Autores

Carolina de Santana Souza; Enrico Bernard.

Ano de Publicação
2016
Categoria
PESQUISA AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DA BIODIVERSIDADE
Descrição

RESUMO

Morcegos cavernícolas podem sofrer ameaças principalmente relacionadas à perturbação humana em seus abrigos. Uma das formas de protegê-los é por meio da utilização de bat gates, portões instalados na entrada dos abrigos com o intuito de permitir o voo de morcegos através das grades e impedir a entrada de humanos. É conhecida a utilização destes portões em países da América do Norte, Europa e Oceania, e vários estudos relatam as implicações da instalação e as possíveis reações dos morcegos frente às grades. No Brasil, até o presente momento, não foi relatada a utilização deste tipo de estrutura. O objetivo deste trabalho foi compilar informações referentes ao uso e aplicabilidade dos bat gates, reações dos morcegos à sua instalação, e analisar vantagens e desvantagens dos portões, de forma a gerar subsídios para a possível utilização de bat gates como uma medida de proteção aos morcegos no Brasil. Foram utilizados dados dos Estados Unidos, Canadá, Portugal, Reino Unido e Austrália, comparando-os com o cenário brasileiro. Os resultados indicam que não existe legislação específica sobre assunto, mas que leis de proteção à biodiversidade podem dar suporte à instalação destas estruturas. Existem diferentes tipos de designs e especificações técnicas para a instalação do portão, e há também a necessidade de manutenção e monitoramento pré- e pós-instalação, frente aos possíveis efeitos causados tanto nas condições físicas do abrigo, quanto diretamente aos morcegos. Para o Brasil, devido ao ineditismo do uso de bat gates, antes de se decidir pela instalação destas estruturas no país serão necessários testes-piloto, afim de analisar a resposta que o portão poderá causar aos morcegos. De qualquer forma, frente às ameaças experimentadas pela quiropterofauna brasileira, a ausência de informações não deve impedir que esta estratégia seja experimentada no Brasil.

Palavras-chave: Cavernas, Chiroptera, conservação, estratégias conservacionistas, proteção.


ABSTRACT

Cave bats may suffer threats due to human disturbance in their shelters. The installation of bat gates is one of the strategies to protect them. Bat gates are installed at the

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entrance of caves, allowing bats to fly in and out of the shelter, but preventing the entrance of humans. Their use is known in North America, Europe and Australia, and several studies reports the implications of their installation and possible reactions of bats. Currently in Brazil there is no report of the use of bat gates. Here, we compiled information on the use and applicability of bat gates, data on the reaction of bats, and also analyzed the pros and cons of their use. Such compilation is intended to generate supporting information for the possible use of bat gates as a protection measure for Brazilian bats. Data from United States, Canada, Portugal, United Kingdom, Australia were analyzed and compared with the Brazilian scenario. There was no specific legislation about the subject, but other generic biodiversity protection laws could be used to support the installation of bat gates. There are different designs and technical specifications about the installation of gates; aspects of maintenance and pre- and post-monitoring must be taken into account. Considering that bat gates were never used in Brazil, pilot tests to access bats´ response must be conducted. Anyway, due to the threats experienced by the Brazilian chiropterofauna, the absence of information should not prevent the adoption of this strategy in the country.

Keywords: Caves, Chiroptera, conservation, protection, conservation strategies

Tipo de publicação
Publicações periódicas (revistas, jornais, boletins)
Local da publicação
Brasília, DF
Nº da edição ou volume
Revista Brasileira de Espeleologia – RBEsp, v. 1, n. 6, 2016
Editora
CECAV - ICMBIO
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