O Brasil possui 313 Unidades de Conservação Federais envolvendo cerca de 80
milhões de hectares, quase 10% do território brasileiro. Essa imensa área requer
estratégias participativas de gestão, inclusive já previstas em seus marcos legais.
Partes significativas destas estratégias foram descritas no Plano Estratégico
Nacional de Áreas Protegidas – PNAP. O PNAP previu a formulação de uma
Estratégia Nacional de Comunicação e Educação Ambiental no âmbito do
Sistema Nacional de Unidades de Conservação (ENCEA). Buscamos neste
trabalho analisar os limites e as possibilidades que a ENCEA, através da Educação
Ambiental, possui para auxiliar na gestão participativa das unidades de
conservação, de modo a propiciar um meio ambiente ecologicamente equilibrado,
essencial a sadia qualidade de vida como preconiza a Constituição Federal
brasileira. Consideramos a Educação Ambiental como estratégia fundamental para
que diferentes atores sociais participem da gestão de áreas especialmente
protegidas de maneira mais qualificada de modo a propiciar não só um cuidado
especial ao meio ambiente, mas também na busca da melhoria da qualidade de
vida das populações residentes em UCs ou em seu entorno. A construção de novos
marcos legais como a ENCEA podem auxiliar na missão de incentivar e instituir a
participação em um país como o Brasil ,desigual tanto socioambientalmente
quanto nos processos de tomada de decisão.