Biblioteca Antiga

Conservação do bugio-ruivo (Alouatta guariba clamitans) (Primates, Atelidae) no entorno do Parque Estadual de Itapuã, Viamão, RS.

Para avaliar a conservação das populações de bugio-ruivo no Distrito de Itapuã, Viamão/RS, entorno do Parque Estadual de Itapuã, foram realizados um levantamento de ocorrência da espécie, um levantamento dos conflitos existentes entre a população humana e os bugios, e um estudo de percepção ambiental para investigar o modo como a comunidade se relaciona com a espécie. Essas informações são relevantes para garantir a viabilidade futura das populações existentes no Parque. Constatou-se que o bugio-ruivo ainda está presente em 96,4% das quadrículas amostradas, sendo a cobertura florestal o principal fator responsável pela ocorrência da espécie. Ainda há uma relativa conectividade entre as áreas de mata, que possibilita a dispersão de indivíduos. Aparentemente, há uma metapopulação do tipo “população em manchas” no Distrito de Itapuã. O alto valor de ocorrência encontrado, pode estar indicando que o hábitat está sendo um recurso limitado. Apesar desse cenário positivo, ocorrem conflitos entre os bugios e a população humana que afetam a conservação da espécie, através de um aumento na mortalidade. Os principais tipos de conflito são “eletrocussão”, “ataque de cães” e “atropelamento”. São sugeridas ações visando minimizar esses conflitos e, possibilitar a convivência harmônica entre bugios e humanos. A população humana do Distrito de Itapuã possui uma visão bastante positiva sobre o bugio, sendo bastante tolerante à presença dessa espécie. Isso certamente afeta a conservação da espécie de uma maneira positiva. Também existe uma visão favorável, mas em menor intensidade, com relação ao Parque Estadual de Itapuã. Apesar de um certo desconhecimento, a importância da área é reconhecida pela comunidade.

Palavras-chave: Biologia da Conservação, Conservação de primatas. Conflitos humanos/vida selvagem, Percepção ambiental, Unidade de Conservação.

Categoria: pesquisa_avaliação_e_monitoramento_da_biodiversidade_primates
Ano de publicação: 2012