DIAGNÓSTICO DO USO E COBERTURA DA TERRA DA FLORESTA NACIONAL DE RITÁPOLIS E DA ZONA DE AMORTECIMENTO, 2017, EDILBERTO MAGALHÃES DE SOUZA, dissertação de Mestrado pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI (UFSJ) PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (PPGeog)
A Floresta Nacional de Ritápolis (FNR) é uma Unidade de Conservação (UC) com área de 89,5 hectares e Zona de Amortecimento (ZA) de 4.715 hectares. A ZA é de grande importância para a gestão e proteção da UC ao possibilitar o controle e mitigação dos impactos negativos de atividades no entorno. A ZA está localizada em partes dos Municípios de Resende Costa, Coronel Xavier Chaves, Ritápolis e São João Del Rei, no Estado de Minas Gerais. O contexto desta UC com ampla ZA em múltiplas fronteiras municipais indica a relevância dos estudos espaciais com cartografia temática a partir das interações entre ambiente natural e ambiente antropizado. O objetivo desta pesquisa foi efetuar o diagnóstico da FNR e principalmente da ZA a partir da intersecção do uso e cobertura da terra com as Áreas de Preservação Permanente (APP). Para os trabalhos foram utilizadas as imagens de satélite RapidEye, o Modelo Digital de Elevação (MDE/ TOPODATA), arquivos vetoriais e tabulares dos limites da UC e da ZA, arquivos vetoriais e tabulares de cursos d’água do ZEEMG, o aparelho de GPS Garmin eTrex 30 Versão 4.5, o aplicativo GPS TrackMaker PRO Versão 4.9.590, o aplicativo Google Earth Pro, Versão 7.1.2.2041, o Sistema de Processamento de Informações Georeferenciadas (SPRING) Versão 5.4.3 e o Quantum Geographic Information System (QGIS) Versão 2.18.0. Os métodos adotados consistiram em técnicas de geoprocessamento a partir dos materiais citados, bem como levantamento de dados geográficos, aferições em trabalhos de campo, mapeamento temático e integração (cruzamento) de parâmetros de análise. Assim, com os materiais e métodos, tem-se o mapa de uso e cobertura da terra a partir de classificação por interpretação visual das feições de imagens de satélite; o aperfeiçoamento do mapeamento de uso e cobertura da terra com dados vetoriais e tabulares de cursos d’água, estradas e ferrovia; o trabalho de campo para aferição das feições/classes, a matriz de confusão para validação dos mapeamentos, as estimativas de declividade e altimetria (hipsométrico) a partir do MDE; o mapa de identificação das APP a partir dos cursos d’água, declividade e altimetria; o cruzamento das classes de uso e cobertura da terra com as APP e, por fim, o diagnóstico com os parâmetros identificados. Portanto, os resultados apontaram para um cenário de intensa pressão antrópica sobre o sistema natural a partir de atividades rurais (lavoura, pastagem e silvicultura) com algumas em sobreposição em APP; usos gerais (o que não se enquadra nas demais classes, como infraestrutura, mineração, áreas degradadas, etc.) com alguns em sobreposição em APP; e remanescentes de vegetação nativa com ou sem sobreposição em APP.
Palavras-chave: Geotecnologia, Cartografia, Estudo da paisagem, Área protegida, Área de preservação permanente.