Midiateca

O Brasil caminha para um futuro em harmonia com a natureza? A situação do país em relação às metas da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB)

Autores

WWF

Ano de Publicação
2018
Categoria
PESQUISA AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DA BIODIVERSIDADE
Descrição

APRESENTAÇÃO 

Viver em harmonia com a natureza foi o mote escolhido pela Convenção sobre a Diversidade Biológica das Nações Unidas como um slogan que pretende inspirar os países signatários da Convenção a agir no sentido de garantir para a atual e as próximas gerações um futuro em equilíbrio com o meio ambiente. Às vésperas da 14ª Conferência das Partes (COP) da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), que ocorre este ano na cidade de Sharm El-Sheikh, no Egito, o WWF-Brasil traz uma reflexão sobre como estamos nos preparando para esse futuro em harmonia com a natureza. Todos os países membros da CDB devem estar se fazendo este mesmo questionamento, já que em 2020, em Beijing, na China, estaremos reunidos para avaliar o que conseguimos cumprir das metas de conservação da biodiversidade, uso sustentável dos recursos naturais e repartição de benefícios que assumimos em 2010, em Aichi, no Japão, conhecidas como Metas de Aichi 2011-2020. Enquanto o governo brasileiro prepara seu 6º Relatório Nacional para a Convenção da Diversidade Biológica, antecipamos nesta análise algumas tendências no cumprimento, não de todas, mas de algumas metas de destaque para o cenário brasileiro. Assim, esperamos estar cumprindo nosso papel de manter vivo o debate sobre a implementação da CDB no território brasileiro como parte do nosso compromisso global para um futuro em harmonia com o meio ambiente. Boa leitura! 

Maurício Voivodic - Diretor Executivo do WWF-Brasil


Às vésperas da 14a Conferência das Partes da Convenção da Diversidade Biológica, no Egito, o WWF-Brasil avalia o estado da arte da conservação da biodiversidade brasileira em relação às metas estabelecidas nacionalmente. O Brasil conseguiu reduzir o desmatamento nos dois maiores biomas, Amazônia e Cerrado, reúne hoje mais de 2,5 milhões de quilômetros quadrados de Unidades de Conservação continentais e marinhas, mas não cumpriu a meta de redução das taxas de conversão de ambientes nativos e ainda enfrenta grandes desafios para garantir efetividade às áreas protegidas, além de lidar com pressões para reduzir seu tamanho e status de proteção. A dois anos do fim do segundo período de compromissos, quando deveria reduzir o risco de extinção de espécies ameaçadas, ainda faltam medidas de proteção para centenas delas. E o combate à sobrepesca é fragilizado pela falta de estatísticas recentes. Mais importante: embora a população reconheça a necessidade de proteger a natureza, a biodiversidade ainda é um tema mantido em segundo plano nas agendas de governo.

Tipo de publicação
Livro
Local da publicação
https://d3nehc6yl9qzo4.cloudfront.net/downloads/cdb2018_webfinal.pdf
Nº da edição ou volume
Editora
WWF - World Wildlife Fund
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