Participação social na gestão de Unidades de Conservação A gestão das Unidades de Conservação é um constante desafio. O que caracteriza esse desafio é a necessidade de assegurar efetividade a esses espaços protegidos, com garantia da conservação da biodiversidade e promoção do desenvolvimento sustentável, conforme os objetivos de sua criação. Para tanto, é necessário considerar sua relação com as dinâmicas territoriais nas quais estão inseridas. Cada Unidade de Conservação está imbricada em universos de relações sociais, culturais, políticas e econômicas que definem, em maior ou menor escala, a dimensão das oportunidades ou ameaças que estabelecem os seus níveis de efetividade para a conservação da biodiversidade. A busca pela excelência na gestão é uma jornada incessante. Um conjunto de ações deve ser implementado de forma integrada em direção a este fim. Todavia, diante desses vários desafios, a necessidade de atrair o apoio e garantir a participação da sociedade na gestão de cada Unidade de Conservação, é sem dúvida, um dos mais importantes. Administrar áreas protegidas com participação social pressupõe legitimidade, transparência, legalidade e eficiência na gestão e os conselhos das Unidades de Conservação são fóruns de excelência para o alcance deste objetivo. Realizar isso de forma clara, prática, dinâmica, garantindo oportunidade e igualdade de condições para participação de cada setor da sociedade é o que pretendemos estimular com esse guia para conselheiros e gestores. Por meio da participação social, do respeito às diferenças e do compromisso coletivo com a conservação da biodiversidade, fica mais fácil superar cada desafio para que as Unidades de Conservação, além de garantir qualidade ambiental para o planeta, sejam, cada vez mais, orgulho de todos os brasileiros. João Arnaldo Novaes Diretor de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em Unidades de Conservação |