Fósseis de Sirênios são conhecidos desde o Período Eoceno, há 20-30 milhões de anos, tendo atingido sua maior diversidade com registros de 12 gêneros e 36 espécies de sirênios no mundo. Seu declínio resultou de mudanças oceânicas e climáticas. No entanto, atualmente existem apenas quatro espécies, todas consideradas Vulneráveis de Extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza - IUCN (2010). No Brasil, ocorrem duas espécies de peixes-boi, a marinha (Trichechus manatus manatus) e a amazônica (Trichechus inunguis), ambas ameaçadas de extinção. Cabe ao Instituto Chico Mendes (ICMBio) a proposição de estratégia de conservação para minimizar os impactos negativos a que se sujeitam as espécies da fauna ameaçada de extinção. Para isto, nos termos da Portaria Conjunta MMA-ICMBio nº 316/2009, atua no processo de elaboração da Lista Oficial da Fauna Ameaçada e na elaboração de planos de ação nacionais, buscando pactuar com diversas instituições, mecanismos de recuperação e proteção para as espécies ameaçadas nos seus ecossistemas. Assim, tomando-se por base as ameaças sofridas pelas duas espécies de peixe-boi, a experiência do Centro Mamíferos Aquáticos CMA/ ICMBio e de diversos parceiros institucionais, foi proposto o Plano de Ação Nacional para Conservação dos Sirênios - PAN Sirênios. O Centro Mamíferos Aquáticos - CMA/ICMBio tem um papel de grande responsabilidade na coordenação do Plano. Conta com o apoio dos diversos atores, dentre os quais se destacam: órgãos públicos (IBAMA, secretarias estaduais e municipais de meio ambiente), empresas privadas, instituições de pesquisa e ensino (universidades e institutos) e organizações não-governamentais (ONGs), que participaram de forma ativa na elaboração do Plano, propondo e se comprometendo com a execução de algumas ações. Portaria do Instituto Chico Mendes aprovou o Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Sirênios (Trichechus inunguis e Trichechus manatus). Algumas ações descritas no Plano já estão sendo implementadas, outras deverão ser concluídas até 2015. O cumprimento das ações que integram o PAN Sirênios desde a pesquisa, campanhas educativas, interação com as comunidades, envolvimento da sociedade, manejo de indivíduos, adoção de políticas públicas, gestão do uso dos recursos naturais e do uso dos hábitats da espécie, entre outras, é fundamental para a concretização do objetivo de eliminar a ameaça de extinção para essas duas espécies |