Embora os limitados recursos disponíveis para salvar espécies da extinção exigem otimização das ações de conservação, pouco é conhecido sobre seus custos e efetividade. Desenvolvemos uma abordagem custo-recompensas que integra informações sobre quais setores da sociedade contribuem ao financiamento da conservação, quanto contribuem, como os fundos estão distribuídos entre os objetivos de conservação, e como esses investimentos conduzem não somente a recompensas de conservação, mas também a serviços econômicos e ecossistêmicos que beneficiam a sociedade. Aplicamos essa abordagem a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), uma espécie descoberta na natureza em 1978 com apenas 60 indivíduos. Os fundos investidos ao longo dos últimos 25 anos alcançaram US$ 3.66 milhões. As contribuições de governos, ONGs e financiadores privados variaram ao longo do tempo, assim como os objetivos de conservação. Os fundos foram investidos proporcionalmente para mitigar as principais causas de mortalidade, enquanto nenhum fundo foi dedicado à proteção dos habitats de forrageamento. Recompensas de conservação foram satisfatórias, com o custo e tempo necessário para o rebaixamento da espécie de Criticamente em Perigo para Em Perigo similar a aqueles investidos em outras espécies. Entretanto, recompensas econômicas (através do ecoturismo e artesanato relacionados a conservação da espécie) foram baixas e requer promoção, enquanto serviços ecossistêmicos importantes promovidos pela arara-azul-de-lear devem ainda ser quantificados. Palavras-chave: custos de conservação, recuperação de espécie ameaçada, arara-azul-de-lear, recompensas.
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