Equipe executora Centro Nacional de Avaliação da Biodiversidade e de Pesquisa e Conservação do Cerrado Rodrigo Silva Pinto Jorge; Alexandre Bonesso Sampaio; Tainah Corrêa Seabra Guimarães; Equipe de elaboração deste guia Alexandre Bonesso Sampaio; Tainah Corrêa Seabra Guimarães; Sílvia Renate Ziller; Adriana Carvalhal Fonseca; Anivaldo Liberio Chaves; Antônio Fernando Bruni Lucas; Carlos Abraão; Celso Costa Santos Junior; Daniel Santana Lorenzo Raíces; Edenice Brandão Ávila de Souza; Ernesto Basto Viveiro de Castro; Gerson Buss; Iranildo da Silva Coutinho; Keiko Fueta Pellizzaro; Kelen Luciana Leite; Letícia Brandão; Lisandro Márcio Signori; Lucas Cabral Lage Ferreira; Marcelo Bassols Raseira; Marcelo Checoli Mantelatto; Maria Goretti Pinto. Mariella Butti de Freitas Guilherme; Raul Candido da Trindade Paixão Coelho; Sandro Roberto da Silva Pereira; Tatiana Teixeira Leite Ribeiro; Thayná Jeremias Melo; Virgílio Dias Ferraz; |
APRESENTAÇÃO Este guia para o manejo de espécies exóticas invasoras em unidades de conservação federais tem por objetivo suprir uma lacuna de informação e orientação para uma das ameaças mais significativas à diversidade biológica. O primeiro capítulo traz um apanhado da legislação vigente que faz referência a espécies exóticas invasoras, incluindo tratados internacionais. O segundo capítulo trata de medidas de prevenção, detecção precoce e resposta rápida, consideradas as medidas de menor custo e melhores oportunidades para evitar o avanço de invasões biológicas. O terceiro capítulo contém indicações para o manejo de espécies exóticas invasoras de diversos grupos biológicos em ambientes terrestres, de águas continentais e marinhos. À medida que houver mais informação disponível, as espécies exóticas invasoras de ocorrência conhecida, assim como ações práticas de prevenção, detecção precoce e resposta rápida e controle ou erradicação devem ser incluídas no Painel Dinâmico do ICMBio para referência de todos. A aprendizagem em rede no ICMBio é importante não só para replicar experiências que deram certo, mas também para alertar sobre métodos ou técnicas que não são eficientes ou não surtiram os resultados esperados e sobre outras espécies. Ainda que muitas espécies exóticas invasoras já reconhecidas no país não estejam dentro de UC federais, as espécies comuns na paisagem são aquelas que tendem a chegar, por vias e vetores diversos. O controle de espécies exóticas invasoras pode implicar custos significativos em função da necessidade de mão-de-obra e insumos. Por essa razão, a busca de métodos eficientes que permitam restaurar a resiliência e a biodiversidade de ecossistemas afetados por invasões biológicas se faz necessária. A adoção das premissas do manejo adaptativo é importante para que as ações não sejam adiadas e que se estimule o processo de ação – aprendizagem até que os resultados sejam satisfatórios. Para aqueles que precisam ganhar experiência no manejo, recomenda-se iniciar com situações de baixa complexidade como indivíduos isolados, populações pequenas e focos de invasão iniciais, que oferecem maiores oportunidades de erradicação e solução definitiva. O manejo nas UC federais está apenas iniciando. De uma forma ou de outra, é importante a percepção de que é sempre melhor realizar alguma ação de prevenção, contenção ou controle do que não fazer nada. Este guia deverá ser revisado e melhorado periodicamente para incorporar relatos de experiências práticas de manejo à medida que forem consolidadas, assim como outros temas que sejam relevantes. Marcelo Marcelino Diretor de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade |