A Mata Atlântica é uma área de alta relevância ecológica por abrigar um grande número de espécies, muitas delas exclusivas desse ambiente (endêmicas). É um bioma severamente ameaçado, principalmente pela alta pressão antrópica que sofre. A cobertura vegetal original da Mata Atlântica perfazia 130.973.638 hectares ao longo da costa brasileira, atualmente, restam apenas 15% dessa cobertura como remanescente florestal, onde sobrevivem populações de anfíbios e répteis igualmente fragmentadas, muitas delas ameaçadas de extinção. A Mata Atlântica é o bioma com maior número de espécies de anfíbios e o segundo em número de répteis, com parte considerável dessas espécies endêmicas. A rica biodiversidade e a grave situação em que o bioma se encontra geram um desafio para o governo e sociedade: a conservação das espécies ameaçadas. Cabe ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) a proposição de estratégias de conservação para minimizar os impactos negativos às espécies da fauna ameaçada de extinção e aos ambientes em que vivem Nesse sentido, o Plano de Ação Nacional para Conservação da Herpetofauna Ameaçada de Extinção da Mata Atlântica da Região Sudeste do Brasil (PAN Herpetofauna da Mata Atlântica do Sudeste), sob a coordenação do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN), foi aprovado pela portaria ICMBio nº 48 de 6 de outubro de 2015. Trata-se de um instrumento de gestão construído de forma participativa, entre governo e sociedade civil, que visa ordenar as ações para a conservação dos répteis e anfíbios da Mata Atlântica do Sudeste via políticas públicas, geração de conhecimento, sensibilização e controle da ação humana. |