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Manual Técnico para a Restauração de Áreas Degradadas no Estado do Rio de Janeiro

Autores

Luiz Fernando Duarte de Moraes;  José Maria Assumpção;  Tânia Sampaio Pereira;  Cíntia Luchiari

Apoio: Fundação Botânica Margaret Mee Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

Ano de Publicação
2013
Categoria
PESQUISA AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DA BIODIVERSIDADE
Descrição

Introdução 

Entre os ecossistemas mais ameaçados em todo o mundo destacam-se as florestas que revestem as serras e as planícies ao longo da costa atlântica brasileira. Esses ecossistemas fazem parte da Mata Atlântica, cuja cobertura remanescente restringe-se hoje a cerca de 7% de sua área original. A Mata Atlântica sofre ações predatórias desde os tempos do descobrimento (Guedes-Bruni, 1998), passando por ciclos que incluíram a exploração do pau-brasil e o cultivo da cana-de-açúcar. Outros motivos, como a necessidade de sobrevivência e habitação, foram posteriormente substituídos pela ampliação das fronteiras agropecuárias, expansão das áreas urbanas e pelo corrosivo crescimento industrial. A dificuldade de reproduzir a complexidade da floresta atlântica na recomposição de ambientes degradados levou os pesquisadores a procurar entender melhor a dinâmica da floresta tropical, em especial a maneira pela qual se dá o processo de regeneração natural. Como resultados dessas pesquisas, várias iniciativas de restauração da Floresta Atlântica foram implantadas ao longo dos últimos 30 anos (Rodrigues et al, 2009). Em 1993, o Programa Mata Atlântica, do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, iniciou estudos na Reserva Biológica de Poço das Antas, em Silva Jardim/RJ, Unidade de Conservação do ICMBio, com o objetivo de reunir subsídios para a restauração das áreas degradadas da Reserva. Além de incluir uma lista de espécies com ocorrência registrada para várias regiões do Estado do Rio de Janeiro e que podem ser utilizadas em plantios, este Manual pode contribuir para a seleção de estratégias e técnicas de restauração mais adequadas para cada situação. Cabe aos interessados e técnicos utilizar as informações fornecidas e selecionar as espécies mais importantes de cada grupo ecológico. Assim, este Manual baseia-se na experiência do Programa Mata Atlântica em Poço das Antas, tendo por objetivo fornecer indicações práticas para viabilizar a restauração de áreas que perderam a sua cobertura florestal original. No entanto, o conhecimento vindo da experiência de cada um não deve ser desprezado. Acima de tudo temos sempre que conhecer para conservar. Em um momento em que o Estado do Rio de Janeiro assume a obrigação de restaurar milhares de hectares de Floresta Atlântica, e em que a legislação ambiental brasileira busca incentivar a restauração de nossas áreas degradadas, acreditamos que este manual traz uma valiosa contribuição.

Recuperação ambiental. 2. Áreas degradadas. 3. Mata Atlântica

Tipo de publicação
Livro
Local da publicação
Rio de Janeiro - RJ http://www.jbrj.gov.br/sites/all/themes/corporateclean/content/publicacoes/manual_tecnico_restauracao.pdf
Nº da edição ou volume
Editora
Jardim Botânico do Rio de janeiro - JBRJ
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