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Mapeamento Estratégico da Resex Liberdade com vistas à elaboração do seu Plano de Manejo - PGR3

Autores

Pablo de Avila Saldo

Ano de Publicação
2015
Categoria
GESTÃO ESTRATÉGICA
Descrição

TCC apresentado ao Ciclo de Formação em Gestão para Resultados PGR3

A Reserva Extrativista Riozinho da Liberdade, criada em 2005, tem por objetivo conservar a biodiversidade local e proteger os meios de vida e a cultura da população tradicional residente no território, que possui cerca de 340.000 hectares. Estabelecidos na região durante os sucessivos ciclos de extração látex da seringueira na Amazônia ocidental, os moradores do rio Liberdade procuram, desde o fim da “economia da borracha”, outros meios de vida. Atualmente, comercializam farinha de mandioca para o município polo do vale do Juruá acreano – Cruzeiro do Sul – bem como para as capitais amazônicas Rio Branco, Porto Velho e Manaus. Também comercializam outros produtos agrícolas de menor relevância, nos mercados regional e internos, e mantêm o extrativismo – sobretudo a produção de vinhos dos frutos de palmeiras, a utilização de cipós para utensílios e a construção de casas e embarcações com madeira local – como para a sua subsistência. Tendo o seu conselho deliberativo formado em 2012, o foco de gestão atual é a elaboração do plano de manejo da Reserva, buscando consolidar um processo de planejamento altamente participativo – que contemple não apenas o envolvimento das lideranças comunitárias, mas de todo os moradores e de parceiros estratégicos para o cumprimento dos objetivos da unidade de conservação – de maneira a buscar garantir o êxito das futuras ações de manejo preconizadas pelo plano. Buscando acompanhar o estado da arte junto ao tema – que preconiza a elaboração de planos de manejo enxutos e considerem o panorama de escassez de recursos humanos, materiais e financeiros, num cenário de constantes mudanças sociopolíticas e ambientais – espera-se que este plano de manejo aponte ações estratégicas para a superação dos grandes desafios e para o aproveitamento das oportunidades de gestão, sobretudo na identificação de novos potenciais extrativistas e na busca de políticas públicas adequadas à população e ao ambiente. Para tanto, estão sendo empregadas diretrizes e ferramentas de gestão estratégica, a partir do que vem sendo trabalhado no âmbito das unidades de conservação no Brasil, através – hoje – do Ciclo de Formação em Gestão para Resultados, oferecido pelo ICMBio aos seus servidores e parceiros, sob condução do Núcleo para Excelência de Unidades de Conservação Ambiental (Nexucs). 

Este trabalho apresenta os resultados de uma atuação prática de facilitação interna para o desenvolvimento do mapa estratégico da Reserva Extrativista Riozinho da Liberdade, realizada entre janeiro e junho de 2015, contribuindo para o direcionamento de esforços na elaboração do plano de manejo da unidade de conservação. Foram realizados 3 encontros, o primeiro com 55 representantes da população tradicional beneficiária da Reserva, os dois posteriores com o seu conselho deliberativo. Foram empregadas metodologias participativas adequadas aos participantes, procurando assegurar o protagonismo das populações tradicionais, de acordo com o que preconiza a filosofia de trabalho e as regulamentações acerca do tema. Foram utilizadas analogias visuais para facilitar a compreensão dos participantes, de modo a buscar a necessária internalização por parte de todos os envolvidos na gestão da Reserva. Com isso, foram estabelecidas as diretrizes estratégicas (Missão, Visão de futuro e Valores) e realizado o mapeamento dos objetivos estratégicos sob as perspectivas “Recursos”, “Aprendizado”, “Processos”, “Beneficiários” e “Meio Ambiente e Sociedade”, utilizando-se a metodologia do balanced scorecard. Buscando cumprir com os objetivos da intervenção, o resultado deste mapeamento está sendo utilizado como inspiração para a definição do primeiro conjunto de perguntas orientadoras da elaboração do plano de manejo da unidade. Apesar do caráter preliminar, que demanda um processo de consolidação e validação por parte do conselho da Reserva e de seus moradores, previsto para ser finalizado ainda em 2015, o mapa estratégico mostrou-se uma ferramenta importante de direcionamento dos esforços para a elaboração do plano de manejo, dando foco às investigações, e pactuando um conjunto de objetivos mútuos, compartilhados entre gestores, população beneficiária e parceiros. Palavras chaves: planejamento estratégico; reservas extrativistas; populações tradicionais; Amazônia.

Tipo de publicação
Trabalho acadêmico (TCCs, dissertações, teses e trabalhos científicos apresentados em congressos e cursos)
Local da publicação
Nº da edição ou volume
PGR3
Editora
ICMBIO
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