Biodiversidade/Raul Costa Pereira, Fabio de Oliveira Roque, Pedro de Araujo Lima Constantino, José Sabino, Marcio Uehara-Prado |
As áreas protegidas são a espinha dorsal da conservação da natureza. Para assegurar que essa conservação seja eficaz, o monitoramento da biodiversidade é ferramenta fundamental porque fornece informações para a tomada de decisão consistente e contribui para a gestão apropriada da área protegida. O monitoramento funciona, assim, como termômetro da condição de um ambiente, orientando iniciativas e estratégias de conservação. Apresentamos aqui a proposta de monitoramento in situ da biodiversidade em áreas protegidas brasileiras, resultado da parceria entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) com apoio técnico da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH. Essa proposta é marcada pela viabilidade econômica e prática para implantação nas unidades de conservação brasileiras. Um criterioso processo de seleção elegeu quatro grupos de indicadores biológicos terrestres: plantas lenhosas, grupos selecionados de aves, mamíferos de médio e grande porte e borboletas frugívoras. Esses organismos são sensíveis a impactos gerados pelo homem e pelo clima, representam bem outros grupos da biodiversidade e seus protocolos de monitoramento são de implantação fácil e viável. Nesse contexto, o sucesso desse tipo de iniciativa depende do engajamento e da boa receptividade dos gestores e de outros parceiros envolvidos com as unidades de conservação. |