PAN - PLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DOS CERVÍDEOS AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO APRESENTAÇÃO As discussões iniciais sobre o Plano Nacional de Ação para Conservação dos Cervídeos Ameaçados de Extinção transcorreram durante oficina de trabalho realizada no período de 17 a 19 de agosto de 2004, na FLONA de Ipanema (Sorocaba-SP), onde foi elaborada a minuta do Plano. Sua finalização ficou a cargo de um grupo menor de coordenação. Em março de 2008 foi realizada em Curitiba (PR) outra oficina para atualização do PAN . A partir de 2009, o ICMBio aprimorou a proposta de elaboração de planos, com um enfoque mais realistico e envolvendo parceiros para a implementação. Em agosto de 2010, o PAN dos Cervídeos foi aprovado por meio da Portaria do Instituto Chico Mendes nº 97, tendo como objetivo geral manter a viabilidade populacional (genética e demográfica) de todas as espécies de cervídeos brasileiros, mas com ênfase nas duas espécies ameaçadas de extinção (cervo-do-pantanal – Blastocerus dichotomus e veado-mão-curta – Mazama nana). Aborda também as espécies consideradas como dados insuficientes (DD): veado-cariacu – Odocoileus virginianus e o veado-mateiro-pequeno - Mazama bororo, além do veado-campeiro – Ozotoceros bezoarticus. Para alcançar o objetivo do PAN , foram estabelecidas 67 ações distribuídas em quatro objetivos específicos para serem alcançados até agosto de 2015. O PAN dos Cervídeos também possui ações para a conservação dos remanescentes do ecossistema de várzeas, principalmente da bacia do Rio Paraná, Araguaia e Guaporé, dos remanescentes de Cerrado e da Mata Atlântica, constituída principalmente pela Floresta Ombrófila Mista (Floresta de Araucária) e Florestas Costeiras da Serra do Mar (Floresta Ombrófila Densa), especialmente da região sul do Brasil. Acreditamos que a implementação do PAN de Cervídeos será mesmo um instrumento provocador da melhoria do estado de conservação dos Cervídeos no Brasil ou, repetindo o Dr. Barbanti: “o Plano vem para determinar ações e políticas para proteção das espécies de cervídeos brasileiros, definindo prioridades e direcionamentos". Roberto Ricardo Vizentin Presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade |