Plano Estratégico para Pesquisa e Gestão de Conhecimento para implementar as Estratégias Institucionais de Conservação e Manejo da Biodiversidade
Nos tempos atuais, em que a informação produz-se a todo momento, em volume e velocidade espantosos, impossível de se acompanhar, a gestão do conhecimento tornou-se um desafio e uma necessidade a todas as organizações. O desafio recai principalmente, mais do que na geração e no ordenamento de dados e informações, na definição de quais são os conhecimentos-chave para as organizações: Quais conhecimentos são essenciais para garantir o seu desenvolvimento, a evolução e a melhoria dos seus serviços e produtos? O Instituto Chico Mendes, com a missão de gerenciar as unidades de conservação federais e desenvolver ações de conservação da biodiversidade, tem um dos maiores desafios na gestão do conhecimento. O que não podia ser diferente; afinal, falar em biodiversidade no Brasil é referir-se a um dos maiores patrimônios em diversidade de plantas, animais, ecossistemas, fisionomias vegetais e biomas que se tem notícia neste planeta. Ao relacionar a imensa diversidade biológica ao território de dimensões continentais e aos múltiplos aspectos sociais e econômicos do país, não é exagero enxergar a nossa missão e os nossos desafios como os mais complexos dentre tantas outras organizações no mundo voltadas à conservação da biodiversidade. Em consequência, o desafio da gestão do conhecimento no Instituto, como um instrumento para o desenvolvimento e a melhoria das suas ações, é enorme. Desafio que começa pela demanda por geração de conhecimento científico específico. Atualmente temos mais de 250 unidades de conservação federais com Planos de Manejo, que via de regra apontam demandas específicas de pesquisa. Além dos Planos de Ação Nacionais para Conservação de espécies e ecossistemas, que atualmente chegam a quase 50, contemplando, aproximadamente, 600 espécies ameaçadas e outras 100 espécies categorizadas com dados insuficientes para avaliar seu estado de conservação. Se ficarmos somente nesses dois exemplos onde são apresentadas demandas por conhecimento científico, necessário à gestão das unidades e à conservação das espécies, já teremos mais de mil demandas específicas a exigir da instituição uma gigantesca capacidade de organização e articulação para prover esse conhecimento. Além da demanda por conhecimento técnico necessário à tomada de decisão em vários níveis gerenciais. Na busca por organizar e dar vazão a esse oceano de demandas, surge o Plano Estratégico de Pesquisa e Gestão do Conhecimento do ICMBio, elaborado com a participação de representantes de todas as Diretorias e Centros Nacionais de Pesquisa e Conservação, com o propósito de nortear a pesquisa e a gestão do conhecimento do Instituto, relacionando as demandas de pesquisa com as estratégias de conservação e priorizando os conhecimentos-chave para a definição e implementação das estratégias de conservação a serem conduzidas pelo ICMBio. |