Apesar do vínculo específico a um empreendimento e condicionante ambiental, a aquisição de informações quanto à ecologia espacial das tartarugas no mar, assim como a formação de uma base de dados e divulgação de tais áreas prioritárias de uso, tem significado mais amplo. Dados coletados em projetos de monitoramentos podem ser compartilhados e servir de base para diagnósticos e medidas diversas de proteção e manejo. A título de exemplo, um programa de monitoramento pode fornecer dados que subsidiarão análises de propostas de empreendimentos futuros em uma determinada área e favorecer, com maior precisão, a identificação de períodos e áreas de restrição a atividades específicas; ou ainda, uma vez que os monitoramentos com telemetria tendem a durar cerca de 1 a 2 anos dada a vida útil dos transmissores, diferentes empreendimentos podem ser consorciados e os dados produzidos em um programa de monitoramento atenderiam a mais de uma demanda simultânea. Atualmente, pesquisas com telemetria de tartarugas marinhas estão em execução ao longo das bacias sedimentares de Sergipe/Alagoas, Ceará e Potiguar (Figura 4) e compreendem as espécies Lepidochelys olivacea, Caretta caretta e Eretmochelys imbricata. |