24.0 Curso Novo | 2024

• Desemaranhar da rede os membros de um dos lados da ave, iniciando pela perna e depois pela asa;

• Em seguida liberar da rede o pescoço e a cabeça e os membros do outro lado da ave, iniciando pela asa e terminando pela perna.

(Lowe, 1989, Ralph et al., 1993).

• Após determinar o lado da entrada da ave na rede, segure-a pelo dorso, mantendo o pescoço entre o dedo indicador e o médio. Com o polegar segure uma das asas. Os outros dedos devem ficar ao redor do corpo e na outra asa. Esse procedimento praticamente imobiliza a ave, evitando que ela se enrosque ainda mais na malha;

• Afaste um pouco a ave da rede, trazendo-a em sua direção e procure manter os dedos entre a rede e o corpo da ave. Isso vai facilitar a retirada das malhas do corpo da ave com a outra mão. A retirada dos fios pode ser iniciada pelas asas, depois pelo pescoço e cabeça, em um movimento semelhante à retirada de uma camisa pelo pescoço. Por fim libere as pernas e dedos da ave.

• Muitas vezes a ave está pouco emaranhada na rede e o simples fato de agarrá-la e puxá-la da rede, como explicado acima, já é suficiente para sua remoção.

• Se a ave estiver muito emaranhada na rede, esse método pode não ser o mais recomendável.

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(Ralph et al., 1993, NABC, 2001, Ralph, 2005). 

Se um anilhador enfrenta uma situação de grande dificuldade ao tentar retirar uma ave da rede, deve, sempre que possível, solicitar ajuda a outra pessoa. Esse é um procedimento importante que, geralmente, contribui com a diminuição do tempo de retirada da ave da rede, reduzindo o risco de óbito. Nunca se esqueça que a segurança e o bem-estar da ave são prioridades em trabalhos de captura e anilhamento.

Quanto mais tempo houver entre as revisões de rede, maior a probabilidade de as aves emaranharem e mais dificil de serem retiradas. Por isso, o tempo entre as revisões é tão importante e crucial para o sucesso das retiradas das aves das redes.

Há situações em que a ave fica tão emaranhada na rede, que é necessário utilizar mais de um dos métodos acima descritos. Por exemplo, é comum a ave se emaranhar em mais de uma bolsa da rede. Tal situação exige paciência e experiência por parte do anilhador, que deve retirar primeiro a parte do corpo que está emaranhada nas malhas da primeira bolsa (a mais externa), o que nem sempre é um procedimento fácil, para então desemaranhar o restante do corpo da outra bolsa (pela qual a ave entrou na rede).

Outra situação complicada é quando a ave se prende pela língua. Algumas famílias possuem o par de extensões laterais no hioide, na base da língua, bem desenvolvido. Se, por acaso, a ave ao tentar se liberar, passar uma das malhas no bico, isso pode prendê-la na língua.

Para liberar a língua, nunca puxe a malha para fora. Isso certamente causará danos. Ao invés disso, com o auxílio de um palito, ou agulha de crochê, empurre a malha para trás da língua, depois para cima e então para fora do bico. Ter uma tesoura ao alcance pode ser útil, se em caso extremo, for necessário cortar a rede (Ibama, 1994).

Você deve ter muito cuidado ao abrir o bico da ave, especialmente com aves pequenas, lembrando que as mandíbulas não devem ser abertas mais do que o necessário para expor a língua.

A retirada das retrizes e rêmiges da rede exige um grande cuidado do anilhador, pela importância que essas penas possuem para a ave. O movimento de retirada das malhas deve iniciar-se da base da pena e avançar para sua extremidade, evitando dobrá-la, prevenindo-se a quebra da raque, para não comprometer a capacidade de voo. Em algumas ocasiões, a articulação do carpo com o rádio e a ulna (o “encontro”) fica de tal forma emaranhada, que deve ser a primeira região a ser liberada, por exigir a utilização das duas mãos (Ibama, 1994).

Algumas vezes, para se retirar uma ave muito emaranhada, torna-se necessário cortar a rede. Tal decisão é pessoal e a extensão da área cortada depende da habilidade do anilhador. Essa decisão deve se basear no bem-estar da ave e deve abranger outras medidas para uma adequada proteção da ave e recuperação pré-soltura.

Mais informações sobre métodos de remoção de aves de redes de neblina encontram-se disponíveis em Lowe (1989), Ralph et al. (1993), NABC (2001), De Beer et al. (2001), Ralph (2005) e Roos (2010).

Após a remoção, a contenção física adequada das aves é necessária para a realização das etapas do anilhamento. 

Obtenha previamente a Autorização de Anilhamento junto ao CEMAVE, além da autorização para captura de aves (emitida pelo SISBio, Ibama ou OEMA - Órgãos Estaduais do Meio Ambiente) e da permissão do proprietário (se o trabalho for realizado em área particular.