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Propriedades acústicas das chamadas de distress emitidas por morcegos stenodermatíneos (Chiroptera: Phyllostomidae) durante manipulação em campo. - Dissertação de mestrado pela UFRRJ

Autores

ANDREA CECÍLIA SICOTTI MAAS

Ano de Publicação
2010
Categoria
PESQUISA AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DA BIODIVERSIDADE
Descrição

MAAS, Andrea Cecília Sicotti. Propriedades acústicas das chamadas de distress emitidas por morcegos Stenodermatineos (Chiroptera: Phyllostomidae) durante manipulação em campo. 2010. 58 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal). Instituto de Biologia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2010.

As pesquisas com bioacústica têm colaborado na compreensão de processos filogenéticos, ontogenéticos, ecológicos e comportamentais. Para os morcegos, a comunicação vocal é importante para navegação e obtenção de alimentos, além de ser um aspecto chave nas interações sociais. Vários estudos têm demonstrado características de vocalizações de ecolocalização e outros tipos de sinais audíveis. Porém, poucos estudos têm sido descritos com relação às chamadas de distress. Dentre esses estudos têm-se descrito as vocalizações de distress como sendo chamadas de animais em situações de extremo perigo, tais como quando esse animal é capturado por um predador ou mesmo quando é contido por um pesquisador. Alguns autores têm apresentado hipóteses para explicar uma convergência geral na estrutura das vocalizações produzidas por pássaros e mamíferos em contextos comportamentais similares. Há, entretanto, poucos estudos sendo desenvolvidos sobre as chamadas de distress em morcegos. O presente estudo tem como objetivo geral à elaboração e análise de um banco de dados bioacústicos para vocalizações no contexto distress, emitidas por morcegos filostomídeos, analisar e descrever as propriedades acústicas das vocalizações de distress em morcegos da subfamília Stenodermatinae. As coletas dos dados bioacústicos foram realizadas em cinco locais diferentes dentro da região sudeste do Brasil. Para o presente estudo, foram gravadas vocalizações de morcegos da Subfamília Stenodermatinae: Artibeus cinereus, Artibeus fimbriatus, A. planirostris, A. obscurus, A. lituratus, Platyrrhinus lineatus, P. recifinus e Vampyressa pusilla. As vocalizações foram analisadas utilizando o sistema de análise Raven v1.3. Para análise, foram selecionadas 30 chamadas de cada indivíduo. Os seguintes parâmetros foram mensurados: Tipos de Sinais, bandas tonais, duração do sinal, Intervalo do Pré-pulso, Intervalo do Pós-pulso, freqüência mínima, freqüência máxima, freqüência inicial, freqüência máxima e freqüência pico. Para a descrição dos parâmetros acústicos foram calculados a média, o desvio padrão e o coeficiente de variação dos valores obtidos de cada um dos parâmetros medidos das vocalizações para cada espécie. Através das análises, pudemos identificar dois tipos básicos de notas para esta emissão sonora presente nas chamadas de distress dentre as espécies estudadas. Os resultados aqui apresentados mostraram que os parâmetros acústicos corroboram com outros trabalhos neste mesmo contexto, ou seja: as vocalizações de distress das espécies de morcegos estudadas podem representar a motivação de agressividade, conforme o código de estrutura motivacional da vocalização, caracterizadas em geral por apresentarem baixa frequência, em bandas larga e carregada de ruídos.

Palavras chave: Bioacústica, comunicação social, vocalização de baixa frequência.

Tipo de publicação
Trabalho acadêmico (TCCs, dissertações, teses e trabalhos científicos apresentados em congressos e cursos)
Local da publicação
Seropédica - RJ
Nº da edição ou volume
Editora
UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de janeiro
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